Estranhos jeitos de amar

Estranhos jeitos de amar

Essa é uma das músicas que eu considero mais bonitas e emocionantes. Não porque fala de amor, mas porque fala do amor como ele é: feio. O amor é feio. É cheio de rusgas, defeitos e imperfeições. E ele ainda assim é bonito. Porque ele demonstra o melhor de nós. Quando amamos de verdade, nos entregamos, mostramos quem somos, nos doamos. E isso que entregamos, na sua maioria, não é bonito na superfície. E por isso é tão difícil amar. Como admitir que aquela pessoa que tanto admiramos conheça o seu pior? Como permitir que ela veja seu íntimo, seu lado feio e imperfeito? Mas quando amamos de verdade não dá pra segurar. Não é controlável. Não é racional. Quando a gente vê já está ali, envolvido, entregue, exposto.

E o amor dá certo quando, mesmo exposto e nu frente um ao outro, as coisas bonitas e deliciosas de ter um ao outro por perto superam tudo aquilo que é ruim. O amor real é calcado na realidade. Ele continua sendo feio e pé no chão. E ainda assim é lindo.

Amor é não ter medo de ser quem se é.

Não ter medo de ser brega, de chorar, de ser infantil, bobo e sensual. É uma reunião de tudo de mais lindo e mais podre que temos dentro de nós.

Amar não é um mundo de cor-de-rosa, mas ainda assim, é um mundo inteiro pra se colorir.

Quanta bobagem tudo o que se falou
Me olho no espelho e já nem sei mais quem sou
Quanto talento pra discutir em vão
Será tão frágil nossa ligação?

Não tem que ser assim
Tanto desencontro, mágoa e dor
Pra que que a gente tem que se arriscar?
Então volta pra mim, deixa o tempo curar
Esse estranho jeito de amar

Falsas promessas, erros tão banais
Mas ninguém cede nem pensa em voltar atrás

Não tem que ser assim
Tanto desencontro, mágoa e dor
Pra que que a gente tem que se arriscar?
Então volta pra mim, deixa o tempo curar
Esse estranho jeito de amar

Esquece esse jogo, não há vencedor
O mesmo roteiro de sempre cansou
Vou te amando e me frustrando e sobrevivendo por um fio
Mas tô aqui, sem desistir, volta pra mim

Não tem que ser assim
Tanto desencontro, mágoa e dor
Pra que que a gente tem que se arriscar?
Então volta pra mim, deixa o tempo curar
Esse estranho jeito de amar

(Tatiana Parra/Junior Lima/Otávio de Moraes)

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